2010年11月28日 星期日

國際研究所九新書首發

全球土生葡人代表出席
國際研究所九新書首發

第四屆全球澳門土生葡人社群聚會澳門國際研究所歡迎會昨日於崗頂劇院舉行。研究所主席黎祖智主持了十部葡英出版物的首發儀式,並頒發了去年及本年度的研究所「特徵獎」予仁慈堂和美國澳門人聯會。

文化局副局長陳澤成、葡國駐港澳總領事柯瑪諾、前澳門總督韋奇立伉儷以及來自葡國、巴西、美國、加拿大和澳洲的土生葡人代表均出席了活動。黎祖智的《論澳論己──澳門、土生葡人的事、人、機構、移民、歷史與將來》第五、六集,前美國加州西洋會所會長António Jorge da Silva的《香港葡僑社群歷史圖集》,前美國澳門人聯會會長施雲德的《吾土舊憶》,以及葡國學者António Aresta的《白妲麗老師》均已正式發行。另外已故葡裔作家José Joaquim Monteiro的《濠江五十載》、飛歷奇的《電影與澳門》、漢學家高美士的遺作《澳門史稿》和《荷夷之敗》等四部著作亦已付梓,Monteiro長子蒙地路、飛歷奇長子飛文基和高美士友人黎祖智會上分別介紹了四部著作及其作者。

活動上的另一焦點是逾半世紀後再度來澳的二戰難民Cecilia Maria Yvanovich。已故俄籍畫家喬治.史密羅夫曾於六十多年前曾向其繪贈肖像畫一幅。Cecilia Yvanovich於活動上向澳門藝術博物館捐贈了該畫作,館長陳浩星代表該館接受並致送了捐贈證書。

該活動為本屆全球澳門土生葡人社群聚會開幕前的兩場活動之一,活動結束前主辦單位國際研究所頒發了零九和一零年度的「特徵獎」予對澳門及外地澳門社群作出傑出貢獻的仁慈堂和美國澳門人聯會。另外,該研究所通訊刊物《東.西》中英雙語版亦已正式發行,今期的封面主題為澳門土生語,當中收入了已故澳門土生語詩人飛若翰的遺作兩篇。

2010年11月24日 星期三

黎祖智兩新作週日首發


澳門國際研究所主席黎祖智兩部新作《論己論澳──澳門、土生葡人的事、人、機構、移民、歷史與將來》第五、六集的首發式將於本週日早上十一時假崗頂劇院舉行。

《論己論澳》為黎祖智在本地葡文報章《澳門論壇日報》的專欄文集,由研究所出版,並獲澳門特區政府支持和葡國歐維治基金會贊助。該文集的最新兩冊收錄了黎祖智在澳門特區成立十週年間逾百篇文章,「獻給這十年來捍衛回憶尊嚴、維護歷史遺產價值的人」。

該儀式為二零一零年全球澳門土生葡人社群聚會第二天的首場活動,屆時國際研究所將頒發去年和本年度的「特徵獎」予對澳門作出傑出貢獻機構或人士。另外,該研究所通訊刊物《東.西》中英雙語版最新一期亦將於儀式上正式發行,今期的封面主題為澳門土生語,據悉該研究所將收入已故澳門土生語詩人飛若翰的遺作兩篇。

2010年11月3日 星期三

Quero uma cinemateca macaense. Uma cinemateca autêntica para todos.



A semi-lendária “Cenas do Rio em Macau” (1898), considerada a primeira filmagem do território, foi uma vez revelada textualmente numa brochura do Instituto Cultural sete anos atrás. A gravação original está coleccionada na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos e há uma cópia na Cinemateca de Hong Kong. Estas paisagens “vivas” que José Vicente Jorge e Camilo Pessanha viram hoje fazem apenas parte do “património intangível” – o vídeo não se encontra disponível no arquivo histórico nem nas bibliotecas públicas.

Há seis anos quando comecei a participar na Associação de História da minha escola secundária, foi-me oferecida uma acta por um estudioso da Associação para Protecção do Património Histórico e Cultural. Na acta alguns académicos chineses já se mostravam atentos à “construção” de uma imagem histórico-cultural de Macau através do cinema. Houve, a partir daí, várias ocasiões em que tive oportunidade de contactar este tema “Macau e o cinema”. Os historiadores e estudiosos locais que eu lia há uns anos tinham uma consciência de que a memória, ou as informações recolhidas de forma da história oral, era um dos materiais essenciais mas considerados desinteressados na altura. Porém, entre os materiais de investigação destacados por estes autores não está incluída (ou não está directa e evidentemente incluída) a imagem em movimento.

Foi no primeiro ano da minha vida académica que, embora quase não percebesse nada da língua portuguesa, visionei vários documentários produzidos pelo canal português da Teledifusão de Macau (TDM), nas bibliotecas do Museu de Artes (MAM) e da Universidade de Macau. Estas imagens dos anos 80 e 90 com que tive contactos visuais são simplesmente singelas e saudosas. O mais importante: como poucos dos documentários ou filmes relacionados a Macau, foram publicadas e adquiríveis – pelo menos até terem sido esgotadas no MAM há poucos meses ou uma irmã da Livraria S. Paulo dizer-me: “agora ninguém compra cassete de vídeo”. Também não posso deixar de mencionar os cinco volumes da “História Oral” (2005-2009) em chinês, publicados pelo Espaço Vídeo e Associação dos Estudantes do Instituto Aberto da Universidade da Ásia Oriental, posteriormente com a colaboração da Associação de História de Macau. Junto a cada volume da série, é oferecido aos leitores um exemplar de entrevistas em DVD. O caso é, entre as edições homólogas e até agora, o único.

“Macao, l’Enfer du Jeu” (1939) de Jean Delannoy, “Macao” (1952) de Josef von Stemberg e “The Dragon of Macao” (1965) de Ezaki Saneo são alguns exemplos famosos para se conhecer como é que o mundo entendia esta pequena terra. Ao longo das décadas, já foram realizados inúmeros projectos, produções e filmagens, directa ou indirectamente relacionados a Macau. Como é que as protegemos, as coleccionamos e as utilizamos, na minha opinião, poderá ser uma das questões mais importantes para o desenvolvimento das indústrias criativas e culturais e a sua continuidade.

Os artigos sobre a imagem em movimento que temos oportunidades de ler, tal como todos os outros aspectos da cidade, muitas vezes podem reflectir a convivência de diferentes culturas em Macau. Quem escreve sobre as obras de Miguel Spiguel, provavelmente não sabe os filmes chineses como “Rouge” (1987) de Stanley Kwan; e quem fala da telenovela “Return of the Cuckoo” (2000) produzida pela TVB de Hong Kong, é possível que nunca veja nenhum documentário produzido pelo canal português da TDM. Acredito que o estabelecimento de uma boa cinemateca poderá contribuir para o melhor conhecimento mútuo entre as comunidades. Ora, é urgentíssimo que se funde uma cinemateca, se reorganize e se preserve sistematicamente esta riqueza tão preciosa e se devolva verdadeiramente este “património intangível” à população de Macau.

Surgiu uma vez a “Cinemateca de Macau”, embora meramente uma webpage “em construção” da associação “Cut”, que hoje tem uma designação mais prática - “Base de Dados de Vídeo da Cut” (http://www.cutmacau.org/). Seja como for, foi uma ideia muito bonita que poderia e deveria ser realizada por e para todos. Desejo sinceramente que seja criada no próximo futuro uma Cinemateca Macaense, pelo amor a Macau.

“Love is a many-splendored thing…”

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