2010年3月16日 星期二

“Renasceu” Cheong Kin I, jovem artista local

Peça teatral “Affections in Landscape” pode ser mostrada em Portugal

Cheong Kin I tem 18 anos. A convite da directora taiwanesa da Out To Box, Hope Chiang Chen-Yun, a jovem artista local participou em criar uma peça teatral a fim de registar o desenvolvimento da cidade artisticamente. Além da estreia em Macau, o espectáculo já está agendado para o próximo mês, no True Color Museum de Suzhou, na província chinesa de Jiangsu. A obra artística será ainda apresentada num festival internacional polaco neste verão e pode chegar ao palco de Portugal.

À chinesa traça-se algo abstracto, não se usa a tinta chinesa mas sim o movimento do corpo. “A Dr.ª Chiang deu-me uma grande liberdade de expressar - vou escrever com a minha sombra como a tinta chinesa os caracteres que significam que ‘eu sou o líquido dentro do útero da mãe’”, diz a jovem artista, também aluna do último ano de escolaridade na escola secundária para Filhos e Irmãos dos Operadores e sócia da Dream Theater Association.

Kin I começou a vida teatral já quando estudava na escola primária. Foi pela primeira vez protagonista quando na peça “Clínico do Dr. Guloso” na cerimónia de graduação daquela escola, já em 2004. Depois, participou sempre no Concurso Escolar de Teatro organizado pelos Serviços de Educação e Juventude e foi cinco vezes (co-)premiada, tendo posteriormente estudado aos artistas de Hong Kong e Inglaterra Bonni Chan e Sean Curran, organizadores do “Theatre du Pif”.

Subiu “finalmente” no ano passado ao palco sonhado do Centro Cultural de Macau como uma dos protagonistas. “Na peça [d’O Bosque Secreto], sou um pássaro, enquanto os meus pais, o meu amante foram assassinados. Quer nos ensaios quer nos espectáculos formais, sob a orientação da realizadora [que é também Hope Chiang], fundi-me neste papel, tendo experimentado as dores de perder os mais amados”, explica emocionada. “Como se renascesse, com uma nova identidade, uma nova personalidade, renasci”.

Porém, em relação das próximas paragens do espectáculo “Affections in Landscape”, Kin I lamenta pela sua indisponibilidade para as preparações de estudos universitários. «É uma pena. Mas não tenho outras medidas. Quero continuar a estudar teatro fora», diz. O espectáculo de Cheong Kin I em colaboração com Chan Miu Chi vai ser estreada nos dias 30 e 31 pelas oito horas de tarde, no espaço da Out To Box, na Rua do Pato.

2010年3月13日 星期六

Mais um caso

O artistia local, Dr. Wong Ka Long publicou no Facebook um álbum de fotografias intitulado «Além das quatro residências da Rua D. Belchior Carneiro – Dois edifícios clássicos ao lado do Lilau». Embora o artista se refira que «alegadamente se manterá a casca», «tendo estado com este(s) há mais de 10 anos custa-me de repente (despedir-se)», lamenta uma cibernauta Man Lam. Porém, não se ficará toda a «casca» mas apenas as fachadas. Segundo as fotografias do artista, já estão a desaparecer os aspectos antigos no interior das casas, onde os padrões decorativos como um fretwork chinessísimo que tem uma conotação chinesa da eternidade de sorte.

2010年3月3日 星期三

Internautas contra demolição das residências às São Paulo (I)

Começaram já ontem a demolir as residências de funcionários públicos a fim de lá pôr um parque de estacionamento. Além dos especialistas, os internautas têm os seus próprios pontos de vista e querem que se pare a demolição.

O fórum do CTM é o palco de discussão, ou mesmo disputa. A internauta «nancylao» solicitava já no Novembro passado «ao deputado José Pereira Coutinho que impedisse a intenção da demolição», que «afectaria seriamente os residentes e destruiria o ambiente da zona adjacente do património mundial», manifestou «nancylao». «Têm, em cima disto, certos valores históricos estes prédios, que deveriam ser revitalizados e, deveria ser estabelecida uma zona de lazer, solicito que V. Ex.ª dê voz pelos cidadãos, e que oponha publicamente, o que será certamente apoiado pelos moradores vizinhos da Rua de D. Belchior Carneiro», pede a internauta.

Há quem a oponha, mas também há quem a apoia. «De facto são pobre os residentes da zona. Além da porta da casa é cheio dos turistas. Os moradores dos primeiros andares respiram o fumo das camionetas», lamenta um outro internauta «sunharri», «ainda em cima, há outros automóveis que buzinam por ser obstaculizados pelas camionetas e as vozes das pessoas estão fervidas. Simultaneamente, os carros não têm lugar para estacionarem. Durante todo um dia só pode voltar ao silêncio após as 5 horas».

專家學者籲保留大三巴公僕宿舍

文化局博物館研究員陳志亮、建築師樊飛豪等專家學者昨日(三日)接受本地葡文報章《澳門今日》及《澳門論壇日報》訪問時,呼籲有關部門慎重考量大三巴牌坊附近四座公務員宿舍的價值,冀望當局能予以保留並將之活化。

十多年前曾參與澳門博物館考古團隊的陳志亮表示支持有關當局改善大三巴區旅遊環境的構思,唯四幢建於上世紀六十年代的公僕宿舍「見證了一個年代和一種生活模式」,「我們可(在現存建築內)設立一所畫廊或一座博物館,一旦決定清拆就不能挽救」。另外,陳志亮亦擔憂宿舍拆卸後能否出土珍貴文物,因為「我們觀察四座建築物的地平面高度後便會明白到(聖保祿學院)遺址下的(只)會是岩石層」。

本地的建築專家樊飛豪則認為清拆行動開展前應進行詳細的考察和研究,他建議以先進的考古素描儀器配合考古研究員的測量。他又指出首兩座宿舍下更有可能發現具意義的遺物,因為該處曾是耶穌會士修院和一牆之隔的一萬一千貞女教堂和聖米迦勒祭壇的所在。然而另外兩座宿舍的原址卻「遠離教堂,而且曾是耶穌會士的農地」。樊飛豪強調現時旅遊巴士排出的廢氣已正在損害聖保祿教堂和學院的遺址,擔心新停車場會為文物保護的工作和該區居民的生活帶來更大的壓力。

另一位本地資深建築師、澳門建築師協會成員Nuno Soares接受《澳門論壇日報》專訪時亦稱,四座大三巴公僕宿舍「規模適中;以一種地道的材料建成,本地人稱之『上海批盪』,再者它們都適用於(本澳的)這種氣候環境,而且都屬混合式建築」,應予以保留。

近日本澳多個社團和專家學者均表態支持當局保留和活化大三巴聖保祿學院和教堂遺址附近的四座舊公務員宿舍,事件已引起了文物保護人士的關注。

2010年3月2日 星期二

Mais um funcionário do IC apela manutenção das residências junto às São Paulo

Mais um funcionário do Instituto Cultural (IC) apela à manutenção dos quatro edifícios de antigas residências de funcionários públicos junto às Ruínas de São Paulo. O artista e arquitecto do IC, Lui Chak Keong, comentava ontem (dia 3) o caso na «Praça de Lótus» do jornal «Ou Mun».

«É apenas que a tolerância e a coexistência são a verdade», dizia em poucas palavras. «Há quem ache que não têm que ser demolidas as antigas residências de funcionários públicos», que «fazem parte dos veios de vivências ‹modernas› do bairro de São Paulo». Porém, fazendo comparações com a Baixa da cidade de Lisboa e a praça francesa da Bastilha, não se manifestava claramente contra a demolição.

«A tolerância e a coexistência são os valores universais verificados pelo Centro Histórico de Macau», concluiu esperando que a conservação do património pudesse ter uma própria «moda de Macau» que respeite aqueles valores.

Dirigente associativo solidário com Fai Chi Kei

Após a publicação de um comunicado da Associação dos Embaixadores do Património de Macau nos dois diários principais em língua chinesa, o Instituto de Conservação e Restauro de Relíquias Culturais de Macau (MICRCR, na sigla inglesa) não queria ficar calado, manifestando-se oposto em relação à demolição do Bairro Social do Fai Chi Kei, segundo a tradução disponibilizada de um artigo assinado pelo presidente do MICRCR, publicado no matutino «Va Kio», já no mês passado.

A intenção de demolição do Instituto de Habitação «tocou o nervo das personalidades de conservação do património de Macau, que efectuaram novamente iniciativas, a fim de salvaguardar esta herança em risco de desaparecer», segundo um texto escrito pelo dirigente associativo Francisco Chan Chi Leong, em colaboração com Lam Chi Kit, aluno de gestão do património do Instituto de Formação Turística. «Porque é que o bairro social de valor tem que ser demolido?», questionavam Chan e Lam, «em relação à velha arquitectura na zona do Fai Chi Kei, além do bairro social, resta apenas na impressão o ‹Canídromo›.»

«Sinceramente, não acordamos com a demolição do Bairro Social do Fai Chi Kei», frisaram os dois defensores do património, «se se conservarem as duas antigas peças arquitectónicas (também das residências de funcionários públicos junto à Ruínas de São Paulo) e se revitalizarem, reflectirá certamente a identidade cultural do território e encantará novamente Macau, esta cidade de cultura que tem ficado famosa pelo seu centro histórico, que é património mundial», explicavam os dois membros do MICRCR.

Francisco Chan e Lam Chi Kit esperam que, «com um novo pensamento, o novo governo não sacrifique os interesses comuns dos cidadãos de Macau em troco de uma errada decisão». De acordo com o comentário, «sinopticamente observando o trabalho civil da conservação do património de Macau, embora sempre vencidos (os defensores), lutam cada vez mais bravamente».

2010年3月1日 星期一

Museólogo do próprio IC oposto à demolição das residências às Ruínas

No sábado passado, o jornal «Ou Mun» ainda apoiava a manutenção das antigas residências de funcionários públicos, levantada pelas associações locais. Mas ontem (2 de Março), calou-se. Na sua edição da terça-feira que contava com um comunicado do Instituto Cultural (IC), via-se que parecia que nunca ninguém levantou a questão.

O «Ou Mun» referia no dia 27 a importância dos edifícios construídos durante a década de 60. Mesmo assim, um outro diário principal «Va Kio» não estava satisfeito e publicou no dia seguinte um comentário de um investigador do próprio IC, mostrando-se oposto à demolição das residências na zona adjacente das Ruínas de São Paulo. O autor do comentário é Francisco Chan Chi Leong, que, há mais de uma década, participou na equipa de fundação do Museu de Macau. É também presidente da assembleia-geral do Instituto de Conservação e Restauro de Relíquias Culturais de Macau (MICRCR, na sigla inglesa).

Em nome do MICRCR, Francisco Chan efectuou um comentário na sua coluna no «Va Kio». O dirigente associativo manifestava-se favorável em relação ao aperfeiçoamento das zonas turísticas por volta do antigo Colégio de São Paulo, mas «oposto em relação à demolição dos quatro edifícios de residências de funcionários públicos na Rua de D. Belchior Carneiro». «Falando das escavações arqueológicas, há duas possibilidades – descobrimento ou não. E quanto ao dito descobrimento, há também dos tipos – valioso ou não.»

O investigador sugeria uma outra aposta na protecção e restauro das já actualmente existentes relíquias que estão em exposição ao ar livre e também em lenta destruição pela chuva e sol, em vez das escavações planeadas pelo governo da RAEM, as quais «são praticamente absurdas conversas». «Se nas escavações arqueológicas encontrarem apenas alguns tijolos e telhas que não se percebam, poder-se-á dizer então que se sacrificarão heroicamente os quatro edifícios de residências!», exclamou Francisco Chan.

«São mais ou menos equivalentes as altitudes horizontais da superfície da terra do Museu de Arte Sacra e Cripta e dos passeios por volta das residências. Após uma cautelosa observação, pode-se descobrir que, o museu se situa um metro debaixo de rocha. Pode-se, portanto, julgar que é extremamente provável encontrar, em baixo das residências, (apenas) estratos geológicos do Proterozoico ou camadas de rochas», explicou o museólogo, tendo realçado a relevância dos edifícios a ser demolidos a partir de hoje (dia 3 de Março). O irónico é, segundo Francisco Chan indicou, «uma certeza de descobrimento» arqueológico no sopé do Monte entre a fortaleza e as ruínas de São Paulo, que as autoridades nunca referiu publicamente.

追蹤者