2010年1月30日 星期六

Cidade brasileira mereceu atenção de Hong Kong

São Paulo é uma das «Design Cities», série de documentários produzidos pela Rádio Televisão de Hong Kong (RTHK) e pelo Hong Kong Design Centre. O programa foi transmitido no sábado passado na TVB. Entre Banguecoque, Barcelona, Berlim, Copenhaga, Londres, Quioto e Shenzhen, a cidade paulista mereceu uma rara atenção da radiodifusão oficial da RAEHK.

«Se você achar que o dito design é apenas uma ambição do luxo, um divertimento dos ricos ou um monopólio do partido das malas (designação oriunda das altas dirigentes da pré-transição de Hong Kong), nesta época em que o gosto também se pode ser comercializado, por favor reavalie o enquadramento e a fronteira do ‹design›», apresenta a webpage do programa. O documentário é da autoria do produtor executivo Wong Lo Tak e do realizador Tse Ka Ho. O apresentador é designer Makin Jan Ma, muito impressionado com as realidades brasileiras.

«O design não é apenas um copo prático, ou uma roupa muito linda. Quando uma cidade se expandir de alta velocidade, quando a profundidade da pobreza ficar cada vez maior, e quando o ambiente for cada vez mais poluído, o design será uma solução destes problemas», diz Makin Jan Ma.

São entrevistados Ana Cristina Kitty Carvalho, designer que embeleza as ferveras, Estevão Conceição, residente de uma fervera que construiu um «museu de belas artes» com lixo, Danielle Alcântara, Vice-presidente do Núcleo de Modern Design (NGO) onde as donas de casas podem estudar design, sem pressão nenhuma, Cyntia Malaguti, professora da Faculdade de Arquitectura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Ivo Pons, Presidente do NGO, Christian Ullmann e Sílvio Galvão, designer e artista que querem o design fazer parte da protecção ambiental, entre outros.

http://programme.rthk.org.hk/rthk/tv/programme.php?name=designcities&d=2010-01-30&p=4651&e=&m=episode

2010年1月26日 星期二

Incêndio? Saem «à vontade»

Hoje (27 de Janeiro), pelas 14h30 de tarde, chegou uma ambulância à esquina do cul-de-sac Travessa do Conselheiro Ferreira de Almeida. Cheirava fumo, não se sabia o que é que passaria. Logo a seguir chegou o alarme das pelo menos duas viaturas de bombeiros. De acordo com um morador, alguns vizinhos saíram das casas e viram nas escadarias um bombeiro de aviso «com cara um pouco nervosa». «O que é que aconteceu?» A resposta foi apenas efectuada por um grupo de bombeiros que estão no 2º andar a preparar partir uma porta para entrarem e apagarem o fogo. «Saiam!» Sem alarme do próprio prédio de umas seis andares, os moradores não tinham muita noção de sair. Até o avisador entrou numa casa cheia do fumo, o morador diz - «o fogo não está em minha casa, está em baixo.» Numa casa de um só idoso, terá sido causado o pequeno incêndio por um curto-circuito apagado pelas 15 horas, segundo um bombeiro. Se neste caso não há um alarme neste edifício com moradors sem ser avisados, não será perigoso?

2010年1月24日 星期日

澳門電台編輯冀澳大工程聘用澳人,立例保存葡文學校

澳門電台葡文台總編輯Gilberto Lopes昨天(一月廿五日)在本地葡文報章《澳門今日》發表評論,表示認同澳門文物大使協會日前促請特區政府擴大文物保護範圍的計劃和考慮筷子基社屋價值的呼籲。

澳門文物大使協會理事長周慧珠冀望當局能將大西洋銀行總行大樓、新中央酒店、葡京酒店、嘉樂庇總督大橋、內港港灣及碼頭、氹仔舊市、牛房和路環古村例為保護文物。對此,Gilberto Lopes指出,「新的(文物保護)清單只有包括這些建築才算成功,因為它們均已是澳門的歷史遺產。」他又強調,葡文學校是中國傑出的建築藝術作品,希望也能獲當局考慮永久保存這所學校建築的可能性。

電台葡文台總編Gilberto Lopes在評論中重申,本澳企業、建築師和工人在澳門大學橫琴遷址計劃上應有更多的參與,他希望特區政府能消除本澳專業人士的疑慮,建設一個具二十一世紀前瞻性的澳門校園。

2010年1月23日 星期六

Fai Chi Kei, até ao Brasil

A já decidida demolição do Bairro Social do Fai Chi Kei despertou a atenção de um dos maiores jornais em língua chinesa da América Latina. Segundo o matutino, esta acção «causou uma oposição de vários arquitectos da China, Portugal e Brasil», uma vez que os dois prédios do Fai Chi Kei são «património de arquitectura contemporânea da China e excelente obra da autoria do arquitecto português Manuel Vicente».

Nota-se uma óbvia explicação para todos os leitores de língua chinesa espalhados em toda a América - «a habitação social de Macau corresponde à habitação economicamente adequada do Continente (chinês), à habitação para os cidadãos de Taiwan, à habitação pública de Hong Kong e à habitação associada da Singapura» (tradução literal, pois em língua ocidental serão mesma coisa), explicou na passada quinta-feira (21 de Janeiro) o «Jornal Chinês ‹Americana›», um dos maiores diários em chinês na América Latina, sediado no capital do estado brasileiro de São Paulo e fundado em 1983.

«O falecido famoso especialista chinês de arquitectura Eric C. Lye escreveu antes do seu falecimento um livro especializado e dedicado ao reconhecimento do contributo de Manuel Vicente para a arquitectura contemporânea da China», retratou o jornal «Americana». «Manuel Vicente tem-se radicado em Macau desde a década de 60, tendo escrito uma importante página da arquitectura portuguesa e deixado ficar mais uma peça arquitectónica excelente na China».

De acordo com o «Jornal Chinês ‹Americana›», o acontecimento atraiu «alguma atenção do círculo brasileiro de arquitectura», e «assinaram (a petição de não demolição) os arquitectos como Zan Quaresma de São Paulo e Noemia Lucia Barradas Fernandes e Otavio Leonidio do Rio Janeiro», assim como alguns associados das duas Casas de Macau no Rio de Janeiro e São Paulo apoiam a manifestação online.

2010年1月19日 星期二

韋先禮願再設計筷子基平民坊

澳門文物大使協會日前接受傳媒訪問時表示,希望將多種官方保護清單以外的文物列入《文化遺產保護法》。就此兩份本地葡文報章《澳門論壇日報》和《句號報》昨日(廿日)均有報導,其中前者更將消息列為頭條新聞。兩份報章亦重點報導了文物大使協會理事長周慧珠較早前呼籲保留筷子基社屋的言論。

筷子基社屋設計者韋先禮日前在接受《句號報》時表示,卅多年前原有的筷子基平民坊因大火急需重建,韋先禮應邀設計了新的平民坊(今稱平民大廈),尊重華人的風俗之餘,又不失西方公共建築空間的條件。曾師從美國建築大師路易斯‧卡恩(Louis Isadore Kahn)的韋先禮指重建筷子基社屋應考其本身的歷史和建築價值。他又表示希望能負責活化筷子基社屋,並另作選址築房,再設計新的社會房屋。

韋先禮於一九七九年設計的筷子基社屋曾於一九九五年獲亞洲建築師協會金獎。已故華人建築教育家黎錦超更對韋先禮的設計有高度評價,生前曾著專書介紹韋先禮的作品,以表揚其對中國當代建築所作出的貢獻。

2010年1月18日 星期一

Presidente da MHAA apela reclassificação das casas antigas

A presidente da Associação dos Embaixadores do Património de Macau (MHAA, na sigla inglesa), Chao Wai Chu, apelou, em entrevista ao jornal Ou Mun, a uma reavaliação dos sítios do Centro Histórico de Macau simultaneamente como monumentos, edifícios de interesse arquitectónico, conjuntos e sítios classificados, pelo facto de que «a lista oficial de preservação do património não se tem modificado há muitos anos». Chao Wai Chu quer ainda que o governo da RAEM faça a inclusão do edifício da sede do Banco Nacional Ultramarino, Hotel Central e outros edifícios antigos da San Ma Lou no conjunto classificado da Avenida de Almeida Ribeiro, «para serem conservados a longo prazo». «Em consideração da classificação do ‹Centro Histórico de Macau› como o Património Mundial há mais de quatro anos, a lista oficial de preservação do património ainda não está revista, volto a desejar uma ‹surpresa positiva› quando se tiver aprovado a ‹Lei de Salvaguarda do Património Cultural›». Para a responsável pela associação, é necessária uma avaliação da possibilidade da classificação do Hotel Lisboa, Ponte Governador Nobre de Carvalho, baía do Porto Interior, antigo Mercado Municipal da Taipa, Armazém do Boi e povoações antigas de Coloane. Anteriormente, Chao Wai Chu pediu ao governo da RAEM a conservação do Bairro Social do Fai Chi Kei, tendo destacado «o grande valor deste(s) edifício(s) para Macau».

2010年1月6日 星期三

Fai Chi Kei ainda valorizado pela memória dos habitantes, mas necessita do conhecimento do público chinês

«Há as opiniões que indicam que foi reconhecido no passado o valor de preservação do Bairro Social do Fai Chi Kei, não se percebe qual é a razão da reconstrução (demolição) por parte das autoridades?» A resposta foi feita já no ano passado por Chiang Coc Meng, então presidente do Instituto de Habitação do governo da RAEM. Até ao domingo passado (3 de Janeiro) quando se publicou um comunicado sobre o assunto, tinha sido a única referência do reconhecimento dos edifícios entre os jornais de língua chinesa.

O conhecimento da questão não tinha chegado ao público chinês, cuja grande maioria não domina português. San Cheang, fotógrafo amador que desconhecia na altura os valores e as distinções dos edifícios, pecando a máquina fotográfica, tinha registado no ano passado as cenas da vida entre os prédios, «por onde passo todos os dias, não pensava que se tornasse brevemente numa História». «Acredito que no futuro, depois de ter desaparecido, estas fotografias trarão a muitas pessoas memórias diferentes», comentou as obras fotográficas lamentando Lam Soi Meng, também fotógrafo amador.

A memória do bairro social é assim considerada «muito colectiva», uma vez que a zona é um dos bairros mais povoados do território. Alguns jovens residentes do Fai Chi Kei mas não dos edifícios também se recordam que «brincavam no seu jardim onde deixaram a memória da infância».

No passado dia 30 de Dezembro, a Associação dos Embaixadores do Património de Macau escreveu um comunicado, publicado pelos dois jornais principais chineses Ou Mun e Va Kio a 3 de Janeiro. A presidente da direcção da associação, Chao Wai Chu destacou «o grande valor deste(s) edifício(s) para Macau», esperando que «o governo da RAEM proteja o património de Macau que possui os valores arquitectónicos ou históricos, na simultaneidade de impulsionar o desenvolvimento da sociedade».

O bairro era na História antiga ainda uma barra chamada pelos habitantes «Chek Chao» (Barra Encarnada). E Fai Chi Kei, topónimo etimologicamente oriundo das fundações dos «dois pauzinhos» - duas linhas de casas de dois andares as quais os pareciam. Durante a invasão japonesa, na zona viveram os chineses e ainda os refugiados portugueses e judeus vindos de Xangai. A memória da última geração já se limpou, ainda limparemos a que testemunhou quase três décadas do desenvolvimento de Macau?

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