2010年3月1日 星期一

Museólogo do próprio IC oposto à demolição das residências às Ruínas

No sábado passado, o jornal «Ou Mun» ainda apoiava a manutenção das antigas residências de funcionários públicos, levantada pelas associações locais. Mas ontem (2 de Março), calou-se. Na sua edição da terça-feira que contava com um comunicado do Instituto Cultural (IC), via-se que parecia que nunca ninguém levantou a questão.

O «Ou Mun» referia no dia 27 a importância dos edifícios construídos durante a década de 60. Mesmo assim, um outro diário principal «Va Kio» não estava satisfeito e publicou no dia seguinte um comentário de um investigador do próprio IC, mostrando-se oposto à demolição das residências na zona adjacente das Ruínas de São Paulo. O autor do comentário é Francisco Chan Chi Leong, que, há mais de uma década, participou na equipa de fundação do Museu de Macau. É também presidente da assembleia-geral do Instituto de Conservação e Restauro de Relíquias Culturais de Macau (MICRCR, na sigla inglesa).

Em nome do MICRCR, Francisco Chan efectuou um comentário na sua coluna no «Va Kio». O dirigente associativo manifestava-se favorável em relação ao aperfeiçoamento das zonas turísticas por volta do antigo Colégio de São Paulo, mas «oposto em relação à demolição dos quatro edifícios de residências de funcionários públicos na Rua de D. Belchior Carneiro». «Falando das escavações arqueológicas, há duas possibilidades – descobrimento ou não. E quanto ao dito descobrimento, há também dos tipos – valioso ou não.»

O investigador sugeria uma outra aposta na protecção e restauro das já actualmente existentes relíquias que estão em exposição ao ar livre e também em lenta destruição pela chuva e sol, em vez das escavações planeadas pelo governo da RAEM, as quais «são praticamente absurdas conversas». «Se nas escavações arqueológicas encontrarem apenas alguns tijolos e telhas que não se percebam, poder-se-á dizer então que se sacrificarão heroicamente os quatro edifícios de residências!», exclamou Francisco Chan.

«São mais ou menos equivalentes as altitudes horizontais da superfície da terra do Museu de Arte Sacra e Cripta e dos passeios por volta das residências. Após uma cautelosa observação, pode-se descobrir que, o museu se situa um metro debaixo de rocha. Pode-se, portanto, julgar que é extremamente provável encontrar, em baixo das residências, (apenas) estratos geológicos do Proterozoico ou camadas de rochas», explicou o museólogo, tendo realçado a relevância dos edifícios a ser demolidos a partir de hoje (dia 3 de Março). O irónico é, segundo Francisco Chan indicou, «uma certeza de descobrimento» arqueológico no sopé do Monte entre a fortaleza e as ruínas de São Paulo, que as autoridades nunca referiu publicamente.

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